Os strip malls, centros de conveniência localizados em posições estratégicas nos bairros, abrigam, cada vez mais, lojas compactas de grandes redes de supermercados.
Este movimento faz parte de uma mudança global, que prioriza a conveniência e o fácil acesso no momento de comprar e usar determinados serviços. Prova disso é uma pesquisa da Geofusion, especializada em estudos geomercadológicos, indicando que, em 2021, houve um salto de 40% na abertura de lojas no formato de proximidade/ vizinhança, em comparação com 2020.
“Outros segmentos também estão adotando modelos mais compactos de lojas para viabilizar a instalação em bairros, tais como academia, petshop, material de construção, clínicas estéticas, laboratórios e restaurantes”, explica Marcos Saad, sócio-fundador da MEC Malls, empresa que faz a gestão e concepção de strip malls.
Por terem em seu DNA a característica de serem focados em conveniência e facilidade de acesso, os strip malls recebem consumidores que estão de passagem, no caminho para casa ou trabalho. Por isso mesmo, os modelos compactos de lojas têm se tornado cada vez mais comuns.
“Com custos menores e público qualificado, os strip malls são ideais tanto para grandes redes varejistas quanto para pequenos lojistas, que têm acesso ao fluxo de clientes do empreendimento e podem se tornar frequentes na rotina do consumidor”, completa Saad, que também é presidente da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls).
Vale a pena destacar que strip malls e shopping centers, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não são a mesma coisa. O consumidor vai ao shopping para uma visita planejada e por um tempo maior. O strip mall é um empreendimento para o cliente do bairro, que vai até ele em momentos diferentes do dia e fica lá por um tempo médio de apenas 40 minutos.
As vantagens dos strip malls são tantas que muitas redes de fast-food instalaram dark kitchens ou pontos de delivery nesses espaços. “Com a omnicanalidade, é possível transformar uma loja de strip mall em ponto estratégico para deliveries e retiradas de produtos”, finaliza Saad.